INTENÇÃO GERAL
Não esqueçamos as crianças
São muitos os milhões de crianças no mundo que não têm as mínimas condições de vida, que são vítimas de violências físicas e psicológicas, que sofrem toda a espécie de abusos, muitos deles de carácter sádico. Segundo as estatísticas, só as chamadas «crianças de rua», que vivem entregues a si mesmas ou são vítimas de exploradores, atingem os 200 milhões, algumas delas ainda de tenra idade.
As crianças são sempre as maiores vítimas da violência, dada a sua vulnerabilidade, que as torna aliciáveis por gente sem escrúpulos, porque não podem fazer ouvir a sua voz e não possuem capacidade de defesa em qualquer sector que seja.
Uma criança não pode sobreviver física e psicologicamente sem amor e, portanto, quando este amor falta, a criança não poderá nunca alcançar um desenvolvimento normal. A criança clama por amor, como clama pelo pão, porque são dois alimentos indispensáveis para a construção de uma vida.
A Igreja, na sequência da atitude de Cristo, possui numerosas instituições para a proteção dos mais pequenos. Mostra assim ter uma profunda percepção dos sofrimentos e injustiças suportados pelas crianças no mundo.
Os Estados em geral e as várias nações em particular têm a grave obrigação de proporcionar aos seus membros, sobretudo os mais fracos, os meios necessários para que possam ter uma vida digna e um futuro que os realize.
Rezemos, neste mês em que celebramos o nascimento de Jesus, para que as crianças do mundo inteiro possam ter o carinho e o amparo que Jesus teve desde o seu nascimento.
INTENÇÃO MISSIONÁRIA
Preparar o Natal
Todas as festas têm que ser preparadas. E quanto maior é a festa, mais cuidada deve ser a sua preparação.
Mas enquanto as festas em geral têm uma preparação meramente exterior, o nascimento de Cristo exige uma preparação sobretudo interior. Isto não exclui que outras componentes do Natal, concretamente a chamada consoada, devam ser esquecidas, mas o cristão não pode esquecer que o principal é a vivência interior do nascimento de Jesus.
Porém, infelizmente, muitos cristãos limitam-se, praticamente, à parte exterior, esquecendo-se de viver o Advento, como tempo de preparação para o Natal, a fim de este ser vivido cristãmente e não como mais uma festa.

Nós, cristãos, temos a missão de difundir, por meio do testemunho da nossa vida, a verdade do Natal que este nos traz cada ano. Esta verdade continua a ser necessária num mundo que vive, tantas vezes, na mentira, no fingimento, nas aparências. O Natal não é a mera recordação de um acontecimento do passado, mas um fato presente, tão verdadeiro como foi há dois mil anos.
Que o Menino Jesus, ao nascer, não nos encontre distraídos. Preparemos na nossa alma e na nossa família uma digna morada, onde Ele Se sinta acolhido com fé e amor.
Texto do Padre Antonio Coelho, SJ.
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