O Beato João Paulo II dedicou dois documentos às mulheres que se
revelam intemporais. A Carta ApostólicaMulieris dignitatem e
a Carta às Mulheres, da qual propomos um excerto, a propósito da Intenção
Universal do Papa Francisco para o mês de Março:
«A Igreja — escrevia na Carta apostólica Mulieris dignitatem — «deseja render graças à Santíssima
Trindade pelo "mistério da mulher" — por toda a mulher — e por aquilo
que constitui a eterna medida da sua dignidade feminina, pelas "grandes
obras de Deus" que, na história das gerações humanas, nela e por seu meio
se realizaram » (n. 31).
O obrigado ao Senhor pelo seu desígnio sobre a vocação e
a missão da mulher no mundo, torna-se também um concreto e directo obrigado às
mulheres, a cada mulher, por aquilo que ela representa na vida da humanidade.
Obrigado a ti, mulher-mãe,
que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência
única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te
faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de
referência por todo o caminho da vida.
Obrigado a ti, mulher-esposa,
que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de
recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida.
Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao
núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua
sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância.
Obrigado a ti, mulher-trabalhadora,
empenhada em todos os âmbitos da vida social, económica, cultural, artística,
política, pela contribuição indispensável que dás à elaboração de uma cultura
capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao
sentido do « mistério », à edificação de estruturas económicas e políticas mais
ricas de humanidade.
Obrigado a ti, mulher-consagrada,
que, a exemplo da maior de todas as mulheres, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado,
te abres com docilidade e fidelidade ao amor de Deus, ajudando a Igreja e a
humanidade inteira a viver para com Deus uma resposta « esponsal », que exprime
maravilhosamente a comunhão que Ele quer estabelecer com a sua criatura.
Obrigado a ti, mulher, pelo simples facto de seres
mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a
compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas».
Carta às Mulheres, João
Paulo II, 1995
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